Segurança online e bancária em viagem

Hoje em dia, o maior perigo/risco em viagens já nem é ser roubado ou correr o risco de te perderes por esse mundo fora, não, não… o maior risco é termos a nossa vida toda exposta, desde dados privados, pessoais, contas bancárias, senhas e afins. Por isso, vai buscar um chá, desliga as notificações e lê este artigo com muita atenção.

Como já deves ter reparado, a nossa vida está “na palma das nossas mãos” e “nos nossos bolsos”, sim, estou a falar dos telemóveis. Embora isso seja extremamente conveniente e prático, também nos expõe a riscos de segurança online e bancários. Portanto, é importante estar ciente dos perigos e tomar medidas preventivas para proteger as informações pessoais e financeiras antes e durante a viagem.

Vamos começar com os bancos, money, money! Quer seja para compras no estrangeiro (fora da União Europeia para não levares com taxas) e para compras online, eu recomendo que use apenas e só o revolut, pelo simples facto de não expores o teu cartão bancário português na Internet… sei lá, imagina que algum site é hackeado, ou que acontece alguma chatice? Pelo menos não terias os teus dados do cartão da banca tradicional expostos, enquanto que se for o revolut, “que se lixe”, provavelmente só usas o cartão para viagens, logo seria um “mal menor”. Claro que também podes gerar cartões virtuais (mesmo da banca portuguesa), não é estritamente necessário ter revolut, no entanto, parece-me que se estás aqui é porque gostas de viajar, logo, tens que ter revolut!

E, pegando neste tema, recomendo vivamente (em países que não se usa o euro) que tenhas 2 cartões revolut: um deles deixas no alojamento, e o outro anda sempre contigo na rua, dessa forma se acontecer alguma chatice, tens sempre um cartão suplente e podes remover/eliminar o outro cartão na app e “voila”.

Ainda sobre cartões (tanto parágrafo…), já pensaste bem nos PINS que usas nos teus cartões? É a tua data de nascimento? O teu ano de nascimento? A data de nascimento do teu pai ou mãe? Se for, MUDA! Imagina que te roubam a carteira e vão a uma caixa levantar dinheiro, podes ter a certeza que os primeiros códigos que iriam experimentar seriam os mais óbvios, que infelizmente muita gente usa, por isso, não sejas uma vítima fácil… usa outro código que nada tenha a ver com a tua data de nascimento.

Bem, agora vou falar do 3D Secure: O 3D Secure é um serviço gratuito que permite realizar pagamentos on-line com segurança acrescida, através da autenticação da transação no telemóvel, podes ler mais sobre isso aqui. Imagina que eu tenho o teu cartão de crédito e quero comprar uma camisola, no momento de fazer o pagamento online eu insiro os dados do teu cartão, no entanto o pagamento não será concluído porque tu terás que aprovar o pagamento, quer seja através da app do teu banco, um código recebido por sms ou um pin que é gerado. Se não tens esta camada protetora ativada, recomendo que o faças no app do banco ou que te informes no teu banco como ativá-la.

Quantos cartões deves ter: vamos imaginar que tens um cartão de crédito principal que usas no teu dia a dia para jantar fora, ir ao supermercado etc etc e depois para compras online geras cartões virtuais descartáveis quer seja do revolut ou a tua conta portuguesa, e além disso tens 2 cartões físicos revolut. Pronto, até aqui tudo bem! Mas há algo que podes fazer: o teu cartão de crédito/débito principal, como jamais deve ser usado para compras online, deves ainda ativar a opção “bloqueios de pagamentos na Internet”, normalmente na app do banco aparece essa configuração, mas caso não seja possível, basta ligar ao apoio ao cliente ou então ir ao banco fisicamente para ativar esse bloqueio de segurança no teu cartão principal.

Resumidamente, em questões bancárias e “dinheirais” seria isto, agora vamos passar à parte do online: senhas, conta, Internet etc etc…

Dupla autenticação ou autenticação em duas etapas: é uma medida de segurança extra para proteger as tuas contas online (como o gmail, facebook, instagram…). Em vez de apenas a tua password + email/usuário, vais precisar de fornecer uma segunda forma de identificação para confirmar que és realmente tu quem está a tentar aceder à conta. Isso pode ser feito através de um código enviado por SMS ou um token gerado por um app de autenticação (tipo esta aqui). Dessa forma, mesmo que alguém tenha a tua senha, não conseguirá aceder à tua conta sem também ter acesso à segunda forma de identificação. Ativa esta medida em tudo: whatsapp, facebook , instagram e gmail (vê um exemplo de um tutorial aqui)

Passwords fortes: escusado será dizer que precisas de uma password forte nas tuas contas online, quanto mais complexa for, melhor! É importante que tenhas números, letras, maiúsculas e minúsculas e caracteres especiais (como +, isto ? ou ;). Se quiseres testar a força da tua password , experimenta este site.

Será que alguma vez, através do teu email, já descobriram os teus dados? Pois… é possível averiguar isso neste site. Lembra-te que nenhum site é 100% seguro e a possibilidade de um ataque cibernético pode “tocar a todos”.

Onde tens sessão iniciada? Provavelmente ainda tens alguma sessão iniciada num dispositivo que já não usas, ou então, algumas sessões iniciadas no histórico da tua conta, como no instagram ou facebook! Convém apagar isso para não deixar rasto. Vê o exemplo do facebook aqui.

Não te conectes a wifis públicos: Ao viajar, é tentador usar as redes Wi-Fi públicas disponíveis em hotéis, cafés e aeroportos. No entanto, essas redes podem ser inseguras e expor os teus dados pessoais a hackers. Portanto, sempre que possível, usa redes Wi-Fi seguras (que requerem uma password para entrar) ou, ainda melhor, usa a tua conexão de dados móveis (quando estiveres fora do teu hotel ou airbnb ou quando não conseguires entrar numa rede wifi privada).

VPN (Virtual private network): Antes de explicar o que é isto, deixo-te um aviso: se por acaso alguma vez te conectares a uma rede de Wifi pública, nunca o faças sem um VPN, caso contrário os teus dados poderão ser expostos a qualquer pessoa mal intencionada, principalmente em wifis públicos de aeroportos, nem penses em conectar-te a uma rede dessas! Vá, mas vamos lá à explicação: imagina que tens um “mega segredo” para contares à tua melhor amiga, mas não queres que mais ninguém o ouça ou tenha conhecimento desse segredo. Então vais contá-lo à tua melhor amiga num lugar extremamente isolado (dentro de uma caixa no deserto) onde ninguém o possa ouvir. Essa é uma ótima forma de manter o teu segredo super seguro. Agora, imagina que estás a usar o teu computador para aceder à Internet. Existem pessoas na Internet que podem querer descobrir o que andas a fazer, como os sites que visitas ou as informações que escreves nesses sites (emails, dados, senhas…). Se isso for exposto, pode ser perigoso e ameaçar a tua privacidade e segurança. Uma VPN é como um lugar isolado que cria um escudo quando acedes à internet. Quando te conectas a um VPN, as tuas informações são criptografadas e enviadas para um servidor seguro antes de serem enviadas para a internet. Além disso podes alterar o teu IP (“morada online”) e aceder à internet como se estivesses fisicamente noutro país, basta escolher o local no VPN, enfim… se quiseres descobrir mais clica aqui (eu recomendo o surfshark).

Phising e links suspeitos: Phishing é quando alguém faz-se passar por uma empresa ou entidade para obter as tuas informações pessoais, como senhas, números de cartão de crédito ou outras informações confidenciais. Isso pode ser feito através de e-mails falsos, SMS ou links maliciosos que parecem ser legítimos. Infelizmente é cada vez mais comum e esses esquemas estão cada vez mais sofisticados. Eu já vi vários da EDP, Millenium, TAP e até do Governo…se bem que esses já nos enganam com frequência (Sr. Primeiro Ministro, estou a brincar). Por exemplo, imagina que recebes algum e-mail que parece ser do teu banco, pedindo que cliques num link e que faças login na tua conta para atualizar as tuas informações. O e-mail pode parecer genuíno e até ter o logótipo do banco, mas na verdade, é uma tentativa de phishing. Se tu clicares no link e inserires as tuas informações pessoais, vais expor isso a um hacker ou a uma organização criminosa por detrás disso. Em resumo, o phishing é uma tentativa de fraude online, em que o fraudador tenta obter as tuas informações pessoais usando truques e identidades falsas. É importante estar atento a esse tipos de mensagens e verificar a autenticidade da fonte antes de inserir qualquer informação confidencial. Presta atenção ao corpo do email, ao domínio do email, ao site, ao texto, tudo importa! E se for necessário, liga ao apoio ao cliente da empresa que te enviou email para saber se é de facto legítimo ou não, até porque se for legítimo estará na base de dados.

Relato pessoal: isto aconteceu-me há duas semanas… eu recebi um email da TAP por causa de uma indemnização de um voo que se atrasou mais de 4 horas e o email pedia-me dados bancários para que a TAP efetuasse uma transferência de uma compensação monetária, e olha lá, o email parecia 100% fidedigno, porque na verdade, era mesmo… (risos), mas eu com a minha “hiper-mega-desconfiança” fui ligar ao apoio ao cliente da TAP, só mesmo para jogar pelo seguro. Para tu veres ao nível que isto chegou!

Pronto, antes de seguires com a tua vida, vai tirar a loiça da máquina e faz-me um pequeno favor: pede à pessoa que está à tua beira ou perto de ti para me seguir no instagram. Para quê? Porque eu crio conteúdo extremamente útil e não quero que ninguém perca nada.. Achaste este artigo útil, certo? Pois…já estás a ver onde quero chegar… Ah e não te esqueças da proteção, é fundamental… em todos os campos da vida.

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